linhas de seus olhos despediam duras e mudas ameaças, que falavam mais claro do que seus gestos e expressões violentas. Senhor, as armas estão molhadas, respondeu Germano. Não fui eu que as molhei, foi ele; mas já pagou.
— Molhadas as armas! exclamou Filipe. Traidores!
— Ele quem? Ele quem? Dize já quem foi o autor deste crime.
— Moçambique.
— Eis o que se tinha passado depois da subida do Roberto e dos seus companheiros para o andar superior.
Moçambique chegou-se a Germano e lhe disse:
— Que esperas, moleque? Daqui a pouco o branco vem chamar-nos para o sobrado, e nós levamos as armas enxutas. Bota logo água dentro delas.
— Cala a boca, tio Moçambique. Estás doido? Água dentro das armas! Para que fim?
— Ah! Tão depressa te esqueceste da promessa que fizeste a seu Pedro de Lima?
— Eu nada prometi, Moçambique, eu nada prometi do que você está inventando ai.