e até despedaçavam. Com pouco mais sentiu-se enfraquecer. O sangue escorria-lhe de differentes pontos das pernas; os cães, ensinados desde pequenos a dilacerar os timbús, as raposas e os maracajás—hospedes inportunos do sitio, tinham-lhe rasgado importantes vasos, e cortado com seus poderosos colmilhos as carnes moídas das cacetadas. Lourenço estava quasi desfallecido, e só lhe faltava cahir para ser de todo victima e não se poder levantar mais.
Achava-se neste extremo apuro, e seus pés já iam resvelando na areia poida do terreiro da casa, aonde as evoluções desordenadas do conflicto tinham arrastado os que nelle eram parte, quando repentinamente, vencendo o borborinho, voz forte e vibrante fez ouvir estas palavras:
— Negro! Negro! Moçambique! Tem mão. Queres matar meu filho?