A sorte despiedosa em breve a livrou de um desses cuidados, tornando ainda mais triste e precária a sua situação. Umbelina afrontada de desgosto, velhice e enfermidades faleceu deixando a pobre órfã mais desvalida e angustiada que nunca. Um feroz destino como que se comprazia em recalcá-la cada vez mais na voragem do infortúnio.

Ela porém resistia ainda alentada por uma última esperança - a mais doce de toda a sua vida -, a volta de Eugênio -, de Eugênio, que, solto de seu ergástulo monástico e livre do jugo da autoridade paterna lhe vinha ofertar o braço, e conduzi-la ao altar para receberem a santificação daquele amor, que com eles havia nascido, e com eles devia morrer. Esta última esperança, tímida e vacilante como luz de estrela moribunda, prestes a afogar-se no seio de um vulcão, era o único e débil fio que ainda a prendia à existência.

Desditosa Margarida! ainda não havia esgotado todo o fel do cálix da amargura que a fatalidade lhe havia destinado. Faltava-lhe ainda a última gota, a mais amarga de todas.

Poucos meses depois da morte de Umbelina, chegou aos ouvidos de Margarida a notícia, de que