— Agora basta, mamãe Justa ; não faça de sua filha uma gulosa que é muito feio.
— Iche !... respondeu a sertaneja com o seu muchocho especial. Em D. Flor tudo é bonito.
— Está me deitando a perder.
— Torno á dizer ! O que nos outros é feio e não se atura, se meu chuerubim fizesse, todos haviam de ficar encantados.
— E si eu não lhe quizesse mais bem ? Era bonito, diga, mamãi Justa ?
— Isto não póde, ainda que queira ! disse a sertaneja sorrindo.
Justa arrastara um estradinho coberto de couro e sentara-se defronte da donzella para conversar. Emquanto fallava, levada pelo habito de sua vida laboriosa, tirara um fuso da cintura, e por distracção mais do que para aproveitar o tempo, começara á fiar as pastas de algodão que estavam dentro de uma cabaça suspensa á parede.
D. Flor abandonou a rêde, e tirando das mãos da mamãi o fuso, acomodou-se mui sem cerimonia no colo da sertaneja, que já não cuidava em outra coisa sinão em ninar o seu chuerubim.
— Espere, mamãi ; deixe-me ver seu rosario,