o sertanejo
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     Levantando-se passou o braço pela cintura de cada um, obrigando-os ambos á approximarem-se.

     D. Flor pousou timidamente a mão no ombro do rapaz e sua cabeça roçando-lhe o peito ouvia-lhe as rijas e violentas palpitações. Quando desprendeu-se do rápido abraço leve rubor carminou-lhe as niveas faces; mas apagou-se logo no gesto da linda fronte, a qual erguera-se com a expressão altiva e senhoril que era o toque de sua belleza.

     Arnaldo não se animára á cingir o talhe da donzella. Si tocara-lhe o corpo, fora impulso da mãi ; logo, porém, recuára voltando as costas para esconder a vehemente commoção.

     Sua phisionomia tinha a livida rigidez de um espectro. Calcava a mão sobre o peito para comprimir o coração, que saltava-lhe aos impetos, como um poldro selvagem. Deu alguns passos para a porta vacilando como um ebrio.

     — Onde vás tão cedo, Arnaldo ? perguntou Justa.

     Nesse momento soou la fóra, para o lado da varzea, grande estrepito. O gado mugia ; os cães latiam furiosos e no meio do alarido destacavam-se vozes humanas á clamar :