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o sertanejo

     O velho sentia que ia cometter uma fraqueza e não queria testemunha.

     — Então, qu'é da onça ?

     — La se ficou no mato.

     — É de bom acomodar ; tornou o capitão-mór á rir.

     — Ah ! somos conhecidos velhos ; respondeu o rapaz no mesmo tom.

     — Como então ?

     — É uma historia.

     — Pois conta lá.

     — Si não tem que contar !... Coisas do mato.

     — Vae dizendo.

     — Eis o caso. Essa dona e seu companheira appareceram aqui na visinhança haverá um anno. Como eu ando sempre á bater por estes matos, parece que os importunava ; e então assentaram de acabar-me a casta. Não dava mais um passo, que não andasse no rasto algum dos dois camaradas.

     — Não eram máos os pagens !

     — Nâo eram, não ; mas á mim é que não me serviam, que sempre foi meu costume andar só, pois é o meio de andar seguro. Então passei á sa-