o sertanejo
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ber dos taes amigos o que pretendiam deste cearense.

     — Ah ! E que responderam ?

     — Si elles ignoram as regras da cortezia... No que afinal tem desculpa, pois nunca foram á côrte, nem ao menos ao Recife. Portaram-se como dois villões. O que elles queriam, bem adivinhava eu; era apanharem-me descuidado e torcerem-me o gasnete. Mas eu transtornei-lhes o plano.

     — Vamos a ver a façanha.

     — Não foi nenhuma, sr. capitão-mór ; manha sim, houve alguma. Um dia que o macho sahiu á carniça mais longe, lá para as bandas do Quixeramobim, aproveitei a ocazião, e fui visitar a moça que tinha ficado na furna deitada com os dois cachorrinhos.

     — Entraste na furna, rapaz ?

     — Pois não havia de fazer as minhas cortesias á dona ? Já se sabe, fui no rigor : bem encourado, com o pellego enrolado no braço esquerdo, e a minha faca flamenga pa mostra.

     — E a cuja como te recebeu ?

     — Com toda a bizarria, lá isso não se pode negar. Assim que me viu, rangeu os dentes, le-