XIV

EXPLICAÇÃO.

     O capitão-mór encaminhou-se para a casa. Ao deitar o pé no primeiro degráo do portico, voltou-se e gritou ao sertanejo que já descia a encosta:

     — Torne cá, Arnaldo.

     O mancebo acercou-se outra vez do terreiro.

     — Diga-me onde anda o velho Job, que deitou fogo no mato da fazenda, na tarde de nossa chegada.

     Arnaldo teve um sobressalto. A tremenda collisão que elle evitara poucos momentos antes apresentava-se sob outra face.

     — Asseguro ao senhor capitão-mór que não foi o velho Job quem deitou fogo ao mato.

     — Sabemos do contrario.

     — Juro si fôr preciso.

     — Não basta um juramento suspeito, pois o velho é seu camarada ; são precisas provas que destruam a accusação.