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o sertanejo

     — Quem o accusa ? Eu respondo por elle ; o sr. capitão-mór não confia em minha palavra ? disse o mancebo ressentido.

     — Sabemos que Arnaldo é pessoa de bem e de verdade ; e prestamos a maior fé ao seu depoimento. Mas todas as vozes se unem para lançar ao velho Job a culpa do fogo ; e nós não podemos por uma simples asseveração desprezar tantos testemunhos e dispensar a devassa de um caso de aleivosia que por sua gravidade demanda punição exemplar, afim de que se não repita, e ponha em risco as vidas tão preciosas de nossa esposa e filha. Sem falar do desprezo das ordens terminantes que temos dado.

     — Aleivosia houve, sr. capitáo-mór, porém não foi Job quem a cometteu, nem teve parte ou sciencia della.

     — Que assim fosse... Elle que se apresente e confie de nossa justiça, que não lhe faltará, como jámais faltou aos que á ella recorreram.

     Calou-se Arnaldo. Tinha fé na retidão do capitão-mór ; mas tambem conhecia seus rigores e escrupulos. Que provas podia exibir contra a suspeita geral corroborada pelo testemunho de todos os embusteiros, de quem era o velho mal quisto ?