desta primeira corrida que lhe deste, e já sabe o filho e quem és. Teu pai, o Louredo, nosso vaqueiro, e o primeiro campeador de todo êste Quixeramobim, o que quer dizer de todos os sertões do mundo, levou uma semana atrás dêsse boi desaforado.

Ao terminar desta fala, já Arnaldo achava-se perto da mesa. Marcos fragoso, a-pesar-de haver-se convencido da necessidade de suportar com uma altiva impassibilidade a presença do vaqueiro que o havia insultado, custou a conter-se, e como o banquete havia terminado apartou-se com o primo Ourém para não precipitar-se.

— Portanto, concluiu o capitão-mór, erguendo-se da mesa e caminhando para o sertanejo, não tens de que te envergonhar, rapaz! Aprendeste as manhas do boi; qualquer dia dêstes consegues pegá-lo.

— Eu já o peguei, sr. capitão-mór, disse Arnaldo sem alterar-se.

— Que dizes? Pegaste o Dourado, rapaz? perguntou o fazendeiro na maior surpresa.

— Á unha, sr. capitão-mór.

— Bravo, Arnaldo! Onde está o maganão?