— Até a volta, amigo Arnaldo. Quer alguma coisa para o Ouricurí?

— Está de viagem, Nicácio?

— Vou levar uma carta do sr. capitão-mór ao sobrinho Leandro Barbalho. E o negócio é de apêrto, que vou aforçurado. Deu-me quatro dias para a ida e outros tantos para a volta. Até lá.

— Boa viagem, Nicácio!

— Se puder de vez em quando dar um pulo lá pelo roçado...

— Fique descansado.

— É favor! gritou o viajante, que já desaparecia ao longe de galope.

Arnaldo continuou para a casa. Aquela súbita partida do Nicácio, e a carta que levava, o deixaram preocupado. Tinha um pressentimento que novo perigo ameaçava a sua felicidade, e quando ainda o primeiro não estava dissipado.

Aproximando-se oculto pelo arvoredo, viu de longe D. Flor recostada à sua janela.

Era já sobretarde. A sombra que vestia êsse lado do edifício, concorria talvez para tornar ainda mais merencória a expressão da donzela. Seus olhos límpidos passavam por entre a folhagem rendilhada de uma aroeira e iam imergir-