todos o proclamariam o primeiro campeador, e sua fama correria o sertão.

Aquele boi era mais ainda; era o prazer que D. Flor ia ter vendo o valente barbatão marcado com seu ferro; era a humilhação de Marcos Fragoso, cujas bravatas o tinham irritado, a êle Arnaldo; era finalmente a satisfação do velho capitão-mór, que se encheria de orgulho com a proeza do seu vaqueiro.

Entretanto quando o mancebo ergueu a cabeça, o movimento de generosa simpatia e fraternidade que despertara em sua alma a tristeza do boi vencido, tinha alcançado dele um sacrifício heróico. Resolvera soltar o Dourado.

Nenhum outro homem, dominado por tão veemente paixão, seria capaz dêsse ato. Mas o amor de Arnaldo vivia de abnegação; e eram êsses os seus júbilos. O pensamento de elevar-se até D. Flor, não o tinha; e se ela, a altiva donzela, descesse até êle, talvez que todo o encanto daquela adoração se dissipasse.

Apeou-se e tirou um ferro de marcar, da maleta de couro, que trazia à garupa, e a que no sertão dá-se o nome de maca.

Todo o bom vaqueiro tem seu tanto de ferreiro