quanto basta para fazer um aguilhão, para arrnajar as letras com que marca as reses de sua obrigação e as de sua sorte, para dar têmpera à faca de ponta, e até mesmo para consertar a espingarda.

Arnaldo, havia anos, fabricara na forja da Oiticica um ferro que representava uma pequena flor de quatro pétalas atravessada por um F. O feitio era mais apurado e de menores dimensões do que os ferros geralmente usados no sertão.

Essa flor, que tinha por estame uma inicial, significava o emblema da mulher a quem idolatrava. Seu timbre, sua glória, era gravá-lo no gado, como em todos os animais bravios, que seu braço robusto domava. Assim os submetia ao domínio e jugo da soberana de seu coração.

Por toda a parte, nas rochas, como nos troncos seculares, êle tinha esculpido êste símbolo de sua adoração. Como os descobridores de novas terras erigiam um padrão, ou fincavam um marco para tomar posse dessas paregens em nome de seu rei, êle, Arnaldo, na sua ingênua dedicação, pensava que, daquela sorte, avassalava o deserto