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Oh tem pena de mim! deixa-me ao menos
Desfrutar um momento de prazer,
Pois que é meu fado despontar n'aurora
E ao crepúsc'lo morrer!...

Brutal amante não lhe ouviu as queixas,
Nem às suas dores atenção prestou,
E a flor mimosa retraindo as pétalas
Na tige se inclinou.

Surgiu n'aurora, não chegou à tarde,
Teve um momento de existência só;
A noite veio, — procurou por ela,
Mas a encontrou no pó.

Ouviste, oh virgem, a legenda triste
Da flor do outeiro e seu funesto fim,
— Irmã das flores, à mulher às vezes —
Também sucede assim.

S. Paulo — 1861.