dos
Erguiam-se às vezes; mas ah! que diziam?
Lotário era grande; seus bosques passavam
Das serras além; seus campos brotavam
Riquezas imensas, que a tudo cobriam.
IV
Depois, é tão fácil na sombra noturna
O inseto esmagar-se, de voz importuna,
Que o ouvido nos enche de tédio e do nojo!
Um gesto... uma espera... na estrada uma cruz...
Só sabem-no as selvas, os fossos sem luz
E as serpes que a plaga percorrem de rojo.
V
Na sala espaçosa Lotário pensava.
Roberto seu filho de um lado esperava
Tremente, ansioso, que o pai lhe falasse.
A turba de servos imóveis, silentes
Os braços cruzados, as frontes pendentes,
A voz aguardava que as ordens ditasse.
VI
- Conduzam-me o escravo! - Lotário bradou; -
O bando de humildes a sala deixou
Às torvas palavras do torvo senhor.
Lotário sombrio voltou-se a seu filho,
De quem, dos olhares, corria, no brilho,
A chama sinistra de um gênio traido