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SOLINA.

Senhor, o homem sisudo,
Se em taes cousas tẽe segredo,
Saiba que alcançará tudo.
A Senhora Dionysa
Crede que mal vos não quer:
Não vos posso mais dizer.
Isto tende por balisa
Com que vos saibais reger.
Qu’em mulheres, se attentais,
O querer está visibil;
E se bem vos governais,
Não desespereis do mais,
Porque, emfim, tudo he possibil.

FILODEMO.

Senhora, póde isso ser?

SOLINA.

Si, que tudo o mundo tem:
Olhae não o saiba alguem.

FILODEMO.

E que maneira hei de ter
Para crer tamanho bem?

SOLINA.

Vós, Senhor, o sabereis;
E ja que vos descobri
Tamanho sogredo aqui,
Huma mercê me fareis
Em que me vai muito a mi.

FILODEMO.

Senhora, a tudo me obrigo
Quanto for em minha mão.