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DURIANO.

Ora vou-lhe dar a vida.

SOLINA.

E eu não lhe disse ja
Quanta affeição lh’ella tem?

DURIANO.

Não se fia de ninguem,
Nem crê que para elle ha
No mundo tamanho bem.

SOLINA.

Dir-vos-hia de mim lá
O que lh’eu disse zombando?

DURIANO.

Não disse, por S. Fernando!

SOLINA.

Ora ide-vos.

DURIANO.

                Que me va!
E mandais que torne? Quando?

SOLINA.

Quando eu cá vir lugar,
Vo-lo mandarei dizer.

DURIANO.

Se o quizerdes buscar,
Não vos deve de faltar,
Se não faltar o querer.

SOLINA.

Não falta.

DURIANO.

          Dae-me hum abraço
Em sinal do que quereis.