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XXVI
PREFAÇÃO.

Estancias logo seguintes como ja serpeia manso regato o que inda ha pouco era rio caudaloso.


Agrario.


  Minha alva Dinamene, a primavera
Que os deleitosos campos pinta e veste,
E rindo-se uma côr aos olhos gera,
Que em terra lhes faz ver o Arco celeste;
As aves, as boninas, a verde hera,
E toda a formosura amena agreste
Não he para os meus olhos tão formosa,
Como a tua, que abate o lirio e rosa.
 

Alicuto.


  As conchinhas da praia, que presentão
A côr das nuvens, quando nasce o dia;
O canto das Sirenas, que adormentão;
A tinta que no murice se cria;
O navegar por ondas, que se assentão
Co'o brando bafo, com que o sol s'enfria,
Não podem, Nympha minha, assi aprazer-me,
Como o ver-te, se em tanto chego a ver-me.
 

Agrario.


  A deosa, que na Lybica lagôa
Em fórma virginal appareceo,
Cujo nome tomou, que tanto sôa,
Os olhos bellos tẽe da côr do ceo:
Garços os tem; mas uma, que a corôa
Das formosas do campo mereceo,