Da guerra nos clarins se embriagava —
E vossa gente — pallida recuava —
Quando elle apparecia!
Era filho do povo — o sangue ardente
Ás faces lhe assomava incandescente,
Quando scismava do Brasil na sina...
Hontem — era o estrangeiro que zombava,
Amanhã — era a lamina assassina,
No cadafalso a vil carnificina
Que em sangue jubilava!
Era medonho o rubro pesadello!
Mas nas frontes venaes do genio o sello
Gravaria o anathema da historia!
Dos filhos da nação a rubra espada
No sangue impuro da facção ingloria
Lavaria dos livres na victoria
A mancha profanada!
A fronte envolta em folhas de loureiro
Não a escondemos, não!... Era um guerreiro!
Despio por uma idéa a sua espada!
Alma cheia de fogo e mocidade,
Que ante a furia dos reis nào se acobarda,
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