gança ao pedestal do porvir as suas linhas, onde cada pagina assignala um crime, e cada crime uma maldição do severo Romano!
Pobres criticos! — E com tudo nem o Tiberio de J. M. Chénier, nem sequer o Britannico de Racine — nada d’isso vale o pergaminho do annalista Romano. Pobres criticos! Rião — do seu rir frio e amargo — de uma chronica que fosse ao mesmo tempo um poema! E onde mais bella a quiserão — a poesia — que nos Girondinos de Lamartine — ou n’aquelle tombo de sanguentas recordações, no livro de diagnostico da febre da carnagem revolucionaria, o Monitor — ou n'aquelle poema continuativo do drama da Montanha, a historia escripta á ponta d’espada por mil campos de batalha européos e fúnebre como um côro de morte, cerrada no rochedo nu e candente da Africa — a epopea sublime do homem do seculo a quem todas as grandes imaginações da epoca derão seu quinhão de poesia — de W. Scott e Byron a V. Hugo e Lamartine, do cancioneiro de Béranger á epopéa lyrica de Edgir Quinet?