do Conde de Assumar em uma carta registada no Livro n° 7 da Secretaria do Governo das Minas Gerais, no mesmo Livro se encontram infinitas outras, que acusam as intrigas, sublevações e desordens que ele continuava a maquinar nos distritos, onde vivia, do Rio das Velhas, as quais por brevidade se não transcrevem. Quanto a Antônio Francisco, o mesmo Conde dá um testemunho do seu caráter na carta escrita ao Doutor Valério da Costa Gouvea, Ouvidor da Comarca do Rio das Mortes, datada em 14 de março de 1718, páginas 22 e 23; nela se lêem estas palavras:
Eu não sei se me expliquei bem, quando falava a V. Mcê. na minha antecedente no extermínio deste homem, porque, se queria saber de V. Mcê. o partido com que aí me achava, era julgando ser precisa a prisão, porque bem sabia eu que os perturbadores e sediciosos não só podiam, mas deviam ser expulsados; a dificuldade só que se me oferecia era no modo de o fazer, porque a desgraça deste País é tal, que sendo de tão baixo nascimento este homem é daqueles que se não prendem para se soltarem.
Fazendo, porém, justiça, é certo que entre os rebeldes e levantados daquele tempo, tinha melhor índole que todos o suposto Governador Manuel Nunes Viana: não consta que cometesse, por si ou por algum de seus confidentes, positivamente ação alguma nociva ao próximo; desejava reger com igualdade o desordenado corpo que se lhe ajuntara; acolhia afavelmente a uns e a outros; socorria-os com os seus cabedais; apaziguava-os, compunha-os, e os serenava com bastante prudência; ardia porém