(24) Meu caso um dia. Veja-se o Cant. 8.°
(25) De uma pequena lagrima. Com vaidade sua confessa o auctorhaver-se servido para a descripção do ribeirão do Carmo do sonho do sr. Rei D. Manoel, que refere Camões no Cant. 4.° dos Luziad. est. 68.
Estando já deitado no aureo leito,
Onde imaginações mais certas são.
E na est. 69.
Viu de antigos, longinquos e altos montes
Nascerem duas claras e altas fontes.
O ribeirão do Carmo, que foi a primeira villa, que erigiu o heróe em 4 de julho de 1711 passou a ter titulo de cidade pela ordem regia de 25 de abril de 1745.
Neste mesmo tempo se fez a divisão das dioceses, repartindo-se o bispado em tres cathedraes, que foram: Rio de Janeiro, S. Paulo e Minas: foi o primeiro bispo de Marianna (que assim se chama a dita cidade do Carmo) D. Frei Manoel da Cruz, religioso 4a ordem de S. Bernardo.
(26) Vejo um povo tambem. Entende-se o povo do Ouro Preto, pequeno arraial, em que foi creada Villa Rica: está em distancia de duas leguas para a parte Occidental da cidade de Mariana: as grandes riquezas, que nella se descobriram, lhe adquiriram o nome de Rica, a exemplo da que creou Hespanha nas suas Indias.
(27) E qual murmura. Imitação de Gabriel Pereira na sua Ulisséa Cant. 1. est. 28.
Disse: e qual nos primeiros resplendores
As abelhas solicitas levantam etc.
(28) O provido Faria. O padre João de Faria Fialho, da ilha de S. Sebastião, de quem ainda conserva o nome um dos bairros de Villa Rica pelo descobrimento, que ahi fez, de um corrego rico.
(29) Botecudo. Gentio bravissimo, que se distingue pela rotura do beiço de baixo.
(30) Camargo. O alcaide-mór José de Camargo Pimentel, natural da viíla de Taboaté, que descobriu o rio Pericicaba e fundou a capella de S. Miguel, hoje freguezia de Antonio Dias Abaixo, de um
