II


Pallido Christo, oh conductor divino!
A custo agora a tua mão tão doce
Incerta nos conduz, como se fosse
Teu grande coração perdendo o tino…

A palavra sagrada do Destino
Na bocca dos oraculos seccou-se:
A luz da sarça ardente dissipou-se
Ante os olhos do vago peregrino!

Ante os olhos dos homens—porque o mundo
Desprendido rolou das mãos de Deus,
Como uma cruz das mãos d'um moribundo!

Porque já se não lê seu nome escrito
Entre os astros… e os astros, como atheus,
Já não querem mais lei que o infinito!