I
Pois que os deuses antigos e os antigos
Divinos sonhos por esse ar se somem,
E á luz do altar da fé, em Templo ou Dolmen,
A apagaram os ventos inimigos;
Pois que o Sinai se ennubla e os seus pacigos,
Seccos á mingua de agua, se consomem,
E os prophetas d'outrora todos dormem
Esquecidos, em terra sem abrigos;
Pois que o céo se fechou e já não desce
Na escada de Jacob (na de Jesus!)
Um só anjo, que acceite a nossa prece;
É que o lyrio da Fé já não renasce:
Deus tapou com a mão a sua luz
E ante os homens velou a sua face!