Sacrificar perfeitas hecatombes;
Aquele monte é Nerito selvoso.»

Dissipa a deusa a névoa; alegre a terra
O Ítaco reconhece, o almo chão beija,
E exalça as palmas e depreca ás nymphas:270
«Progênitas de Jove, eu não pensava
Rever-vos mais; contente vos saúdo,
Mil dons hei de, como antes, offertar-vos:
Assim de Jove a predadora prole
Me consinta viver, medrar meu filho!»275

Palas então: «Sossega, ânimo cobra.
No antro guarda-se tudo, e resolvemos
O melhor.» Eis penetra os escondrijos;
O herói carreta o ouro e o cobre e as roupas;
E, estando a bom recado esses presentes,280
Ela aos portaes arrima grossa pedra.

Á raiz ambos da oliveira santa,
No castigo dos procos meditavam,
E Palas começou: «Divo Laércio,
De carregar o modo consideres285
A mão nos insolentes que um triênio
Há que em teu paço imperam, dadivosos
A casta mulher tua requestando.
Ela porém suspira-te e pranteia,
E um por um entretendo com promessas,290
A todos esperança e embai a todos.»

«Céos! acode o Laércio, em meu palacio
O fado me aguardava de Agamemnon,
Se não me houvesses, déa, esclarecido!
Eia, a maneira tece de vingar-me;295
Está comigo, minha audácia aumenta,
Qual a soberba Tróia ao suplantarmos.
Se me ajudas, augusta protetora,
Eu basto só contra varões trezentos.»

Presto a Glaucópide: «Eu serei contigo300
No executar-se a empresa; o vasto solho
Conto que o sangue e cérebro enodoem
De cada um dos vis que os bens te comem.
Vou, para ignoto seres, enrugar-te
A lisa pele dos flexíveis membros,305