OS MAIAS
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cedo, as senhoras retiraram-se ás nove e meia. O serviçal dr. delegado dava o braço a D. Eugenia; um creado da quinta allumiava adiante com o lampeão; e o moço das Silveiras levava ao collo o Eusebiosinho que parecia um fardo escuro, abafado em mantas, com um chale amarrado na cabeça.


Depois da ceia Villaça acompanhou ainda um momento Affonso da Maia á livraria, onde, antes de recolher, elle tomava sempre á ingleza o seu cognac e soda.

O aposento, a que as velhas estantes de pau preto davam um ar severo, estava adormecido tepidamente, na penumbra suave, com as cortinas bem fechadas, um resto de lume na chaminé, e o globo do candieiro pondo a sua claridade serena na mesa coberta de livros. Em baixo, os repuchos cantavam alto no silencio da noite.

Emquanto o escudeiro rolava para o pé da poltrona de Affonso, n’uma mesa baixa, os crystaes e as garrafas de soda, Villaça, com as mãos nos bolsos, de pé e pensativo, olhava a braza da acha que morria na cinza branca. Depois ergueu a cabeça, para murmurar, como ao acaso:

— ­Aquelle rapazito é esperto...

— ­Quem? O Euzebiosinho? disse Affonso, que se accomodava junto ao fogão, enchendo alegremente o cachimbo. Eu tremo de o ver cá, Villaça! O Carlos não gosta d’elle, e tivemos ahi um desgosto horroroso... Foi