entre ellas; as ilhas da tradição homerica, a de Calypso, a de Diomedes, a outra em que se vê ás horas do sol poente a sombra gigante e pensativa de Achilles, as ilhas da tradição celtica, essas ilhas que povoavam a imaginação d’estes marinheiros do occidente, que, erguidos ao pôr do sol nos rochedos da costa, sonhavam em cada miragem do Oceano uma ilha fabulosa, que, batidos pela tempestade, quando andavam á pesca, julgavam escutar no surdo rugido das vagas os lamentos das almas penadas nas ilhas milagrosas, e tudo se contava ao serão quando bramia o vento cá fóra e o mar quebrava com doloridas queixas ou com furioso estrepito nas fragas desnudadas. Tudo ia tambem enriquecer as lendas dos claustros para ornar com esses arrebiques de maravilhoso a existencia piedosa de um santo missionario. Foi assim que S. Brandão teve a sua ilha, onde cantavam as aves do Paraizo, e onde se respirava tão celeste e perduravel perfume que n’elle ficaram para sempre impregnadas as vestes do santo viajante. Era na Irlanda sobretudo que essas lendas brotavam, era ahi que se formavam ao lado da legenda de S. Brandão as de S. Patricio, e de tantos outros navegadores celticos que iam atravez dos mares da phantasia procurar ignotas ilhas.
Já Brekan, o filho do rei Niel, desapparecera nas ondas do mar com cincoenta navios, e só o cadaver do seu cão reapparecerá na praia, já tres filhos de