extincto de conservação dos povos»[1]; e precisam satisfazer a todos os cidadãos, pois que a patria não é só a terra dos antepassados, terra patria, segundo o conceito primitivo[2], ou a nossa mãe commum, mas a patria somos nós mesmos, segundo um moderno conceito norte-americano[3].

Sendo certo que o Brasil possue symbolos tradicionaes, e até estados e cidades nossas manteem os seus, não se comprehende como a bandeira actual repellisse de tal modo a tradição, a ponto de substituir, alêm dos symbolos, a historica e patriótica legenda «Independencia ou Morte» (que é a suprema aspiração e o resumo ideal de todo um povo) por uma outra, ostensivamente filiada a uma seita reduzida!

O projecto Wenceslau Escobar, recentemente apresentado quando se concluia a impressão dêste livro, ao meu ver, não resolve a questão, porque conserva um céo que jámais foi e será céo, e porque continúa a apresentar uma imagem falsa e inconveniente da patria brasileira. E tanto é nosso aquelle trecho de céo (?) que figura na bandeira, como a outra face opposta que

  1. Émile Bocquillon, La crise du patriotisme à l′école, Paris, 1905, introd., pág. 1.
  2. Fustel de Coulanges, La cité antique, Paris, 1905, liv. III, cap. XIII, pág. 233.
  3. Albert B. Hart, cit. por José Veríssimo, na Educação nacional, Rio de Janeiro, 1906, introd., pág. XLVII.