— Traga onças.
— Blasquito fará o que o homem quizer?
— Blasquito fará o que as onças quizerem.
— É preciso muito tempo para ir a Tor Bay?
— Depende do vento.
— Oito horas?
— Mais ou menos.
— Blasquito obedecerá ao passageiro?
— Se o mar obedecer ao Blasquito.
— Ha de ser bem pago.
— Ouro é ouro. Vento é vento.
— É justo.
— O homem faz o que pode com o ouro. Deos com o vento faz o que quer.
— O homem que quer ir com Blasquito aqui virá sexta-feira.
— Bem.
— A que horas chega Blasquito.
— Á noite. Chega-se á noite, sahe-se á noite. Temos uma mulher que se chama agua salgada, e uma irmã que se chama noite. A mulher pode enganar, a irmã nunca.
— Está dito tudo. Adeos, homens.
— Boas tardes. Um gole de aguardente?
— Obrigado.
— É melhor que xarope.
— Tenho a sua palavra.
— O meu nome é Pundonor.
— Deos seja comvosco.
— Se é fidalgo, eu sou cavalheiro.
Era claro que só diabos podiam fallar assim. Os rapazes não ouviram mais, e desta vez fugiram deveras,