Havia dentro quatro bank-notes, tres de mil libras, e uma de dez libras.
Clubin dobrou as tres notas de mil libras, pol-as outra vez na caixinha, fechou-a, e metteo-a no bolso.
Depois apanhou no chão uma pedra. Embrulhou a pedra no bilhete de dez libras e disse:
— Volte para cá.
Rantaine voltou-se.
O Sr. Clubin continuou;
— Disse-lhe que me contentava com as tres mil libras. Aqui vão as dez libras.
E atirou a Rantaine o bilhete e mais o lastro de pedra.
Rantaine com um pontapé deitou o bilhete e a pedra ao mar.
— Como queira, disse Clubin. Vamos lá, o senhor hade estar rico. Estou tranquillo.
O rumor dos remos que se tinha approximado durante o dialogo, cessou. Indicava isto que a barcaça estava ao pé das rochas.
— Está embaixo o seu carro. Pode ir, Rantaine.
Rantaine dirigio-se para a escada e desceu.
Clubin foi com precaução até a borda do rochedo, e adiantando a cabeça, vio descer Rantaine.
A barcaça tinha parado ao pé do ultimo degráo do rochedo, no mesmo lugar em que tinha cahido o guarda-costa.
Vendo descer Rantaine, Clubin murmurou:
— Bom numero seiscentos e desenove! Pensava que estava só. Rantaine pensava que eram apenas dous. Só eu sabia que eramos tres.
Clubin vio no chão o oculo do guarda-costa; apanhou-o.