do mar. Para citar apenas um exemplo, a 25 de Janeiro de 1840, no golpho de Itora, uma tempestade, já espirante, fez saltar um brigue, de um só pulo, por cima do casco naufragado da corveta La Marne, e incrustou-o com o gurupés á frente, entre dous penedios.
Demais, nas Douvres apenas havia um resto da Durande.
O navio arrancado ás vagas foi de algum modo desenraisado da agua pelo furacão. O turbilhão do vento tinha-o torcido, o turbilhão do mar tinha-o preso, e o navio, seguro em sentido inverso pelas duas mãos da tempestade, quebrou-se como se fôra uma ripa. O pedaço da popa, com a machina e as rodas, arrebatado das aguas e impellido por toda a furia do cyclone para a garganta das Douvres, lá ficou. O vento foi acertado; para metter aquelle casco entre os dous rochedos o furacão transformou-se em massa. A proa, levada e rolada pelo vento, deslocou-se nos bancos de pedra.
O porão, que estava arrombado, esvasiara no mar os bois, mortos.
Um grande pedaço da amurada da proa, ainda estava preso ao casco, mas pendurada nas caixas das rodas por algumas lascas, faceis de quebrar com um machado.
Via-se aqui e ali, nas anfractuosidades longinquas do escolho, barrotes, taboas, pedaços de vela, pedaços de correntes, todos os destroços, tranquillos nos rochedos.
Gilliatt comtemplava com attenção a Durande. A quilha era o tecto que lhe ficava sobre a cabeça.