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as duas rodas do navio; conseguio. É preciso não esquecer que isso era exequivel; essa era a particularidade da construcção das rodas. As caixas que as tinham coberto, serviram-lhes de capas; com as taboas das caixas, Gilliatt arranjou dous caixotes onde metteu peça por peça, as duas rodas cuidadosamente numeradas.

O pedaço de giz servio-lhe para essa numeração.

Arranjou os dous caixotes na parte mais solida do convez da Durande.

Terminados estes preliminares, Gilliatt achou-se diante da difficuldade suprema. Surgio a questão da machina.

Desmontar as rodas foi possivel; desmontar a machina, não.

Primeiramente, Gilliatt conhecia mal aquelle mecanismo. Trabalhando ao acaso, podia produzir algum desconcerto irreparavel. Depois, mesmo para tentar desmontal-a peça por peça, se tivesse esta imprudencia, eram-lhe precisas outras ferramentas do que as que elle podia fazer n’uma caverna por officina, com o vento por folles, e uma pedra por bigorna. Tentando desmontar a machina arriscava-se a despedaçal-a.

Aqui podia-se crêr que estava diante do impraticavel.

Affigurou-se-lhe que estava ao pé deste muro: o impossivel.

Que fazer?