passo; entretanto andava. Quantas difformidades na machina de Marly. Tudo alli era mal feito. Nem por isso deixou de dar de beber a Luiz XIV.
Fosse como fosse, Gilliatt tinha confiança. Contava até com o successo ao ponto de fixar na borda da pança, no dia em que lá foi, dous pares de argolas de ferro, diante um do outro, nos dous lados da barca, nos mesmos espaços que as quatro argolas da Durande ás quaes se prendiam as quatro correntes do cano.
Gilliatt tinha evidentemente um plano muito completo e definitivo. Tendo contra si todas as probabilidades, queria pôr todas as precauções do seu lado.
Fazia cousas que pareciam inuteis, signal de uma premeditação attenta.
A sua maneira de proceder desviava um observador, e mesmo um conhecedor.
Uma pessoa que o visse, por exemplo, com exforços inauditos e em risco de quebrar o pescoço, pregar com um martello oito ou dez grandes pregos que elle forjou, no esvasamento das duas Douvres, na entrada da garganta do escolho, comprehenderia difficilmente o motivo desses pregos, e perguntaria provavelmente porque razão fazia todo aquelle trabalho.
Se visse Gilliatt medir o pedaço da amurada da prôa que ficára pendurada, depois prender uma forte corda na borda superior desta peça, cortar com um machado as madeiras deslocadas que a retinham, arrastal-as fora da garganta, com auxilio da maré que descia, e emfim prender laboriosamente com a corda essa pesada massa de taboas