emquanto os gonzos de cordas retinham na pequena Douvre a outra extremidade; operou na grande Douvre, por meio de prégos, postos do antemão, a mesma fixação que na pequena, amarrou solidamente essa vasta placa de madeira ao duplo pilar da abertura, travou nessa barra uma corrente como um talabarte n’uma couraça, e em menos de uma hora, levantou-se o obstaculo contra a maré, e a viella do escolho ficou fechada como por uma porta.
Este robusto tapamento, pesada massa de pranchas, que deitado seria uma jangada, e de pé era uma parede, foi, com auxilio da vaga, trabalhado por Gilliatt com uma agilidade de saltimbanco. Podia-se dizer quasi que a cousa foi feita antes que o mar se apercebesse disso.
Era um desses casos em que Jean Bart dizia o famoso dito que elle dirigia á vaga do mar, cada vez que esquivava um naufragio: Apanhei-te, inglez! Sabe-se que Jean Bart quando queria insultar o oceano chamava-o inglez.
Tapado o estreito, Gilliatt cuidou da pança. Dividio o cabo nas duas ancoras para que ella podesse subir com a maré. Operação analoga a que os antigos maritimos chamavam: mouiller avec des embossures.
Em tudo isto Gilliatt não foi sorprehendido, o caso estava previsto; um homem do officio reconhecel-o-hia vendo as duas roldanas de guindar mettidas por traz da pança, nas quaes passavam dous pequenos cabos cujas pontas estavam presas ás argolas das duas ancoras.
Entretanto crescia a maré; já subira metade; é nesse momento que os choques das ondas, mesmo placidos,