chão, de Platte, nem a balisa-martello, de Barbées com a balisa cauda de andorinha, de Moulinet.
Mostrou singularmente a sua rara sciencia de maritimo num dia em que houve em Guernesey uma dessas justas que se chamam regatas.
A questão era esta: ir só em uma embarcação de quatro velas; leval-a de Saint-Sampson á ilha de Herm, distante uma legua, e trazel-a de novo de Herm a Saint-Sampson. Manobrar sosinho um barco de quatro velas, não ha pescador que o não faça, e a differença não é grande; mas eis o que aggravava o caso; primeiramente, a embarcação era uma dessas chalupas de outro tempo, com grande bojo, á moda de Rotterdam, que os marinheiros do seculo passado appellidavam panças hollandezas. Acha-se ainda algumas vezes no mar essa velha construcção da Hollanda, bojuda e chata, tendo a bombordo e a estibordo duas azas que se vão abatendo alternadamente, conforme o vento, e suprem a quilha. A segunda difficuldade, era a volta de Herm, volta complicada por um pesado lastro de pedras.
O premio da justa era a chalupa. De antemão estava dada ao vencedor. A pança servira de barco-piloto; o piloto que navegara nella durante vinte annos era o mais robusto marinheiro da Mancha; quando morreu não houve ninguem que quizesse governar o barco e decidiram fazer delle um premio de regata. A pança, embora não tivesse coberta, tinha qualidades boas e podia tentar um manobrista. Era mastreada na frente, o que augmentava a força de tracção do velame. Outra vantagem, o mastro não impedia a carga. Era uma concha solida; pesada,