amarrava ao ponto culminante um cabo de reforço, o vento soprou-lhe na cara em cheio. Isto fez-lhe levantar a cabeça. O vento voltára bruscamente para nordeste. O assalto da abertura de leste recomeçava. Gilliatt olhou para o mar. O quebra-mar ia ser atacado outra vez. Vinha um novo vagalhão.
Esse foi rudemente vibrado; depois veio outro, mais outro, mais outro, cinco ou seis em tumulto, quasi juntos; finalmente um ultimo e tremendo.
Este que era um como que total de forças, tinha a figura de uma cousa viva. Não era difficil imaginar naquella intumescencia e naquella transparencia, inauditos aspectos com escamas. Achatou-se e partio-se no quebra-mar. A sua forma quasi animada dilacerou-se num esguicho. Naquelle montão de rochedos e taboas, foi uma especie de esmagamento de hydra. A onda morrendo devastava. Profundo tremor agitou o escolho. Misturava-se a isso um grunhir de animal. A espuma assemelhava-se á saliva de um leviathan.
A espuma que cahia deixava vêr uma devastação. O vagalhão fez obra. Dessa vez o quebra-mar soffreu um pouco. Uma longa e pesada viga, arrancada da claraboia da frente, foi lançada por cima do tapamento de traz, sobre a rocha inclinada escolhida por Gilliatt para o lugar do combate. Felizmente desta vez não estava elle ahi. Ficaria morto.
Houve na queda da viga uma singularidade, que, impedindo qualquer movimento da prancha, salvou Gilliatt de qualquer sobresalto perigoso. Foi ainda util por outro modo como se vai vêr.
Entre a saliencia da rocha e o declive interno da