O buraco estava tapado, mas não estopado.
Era uma espera.
Gilliatt começou a esvasiar a pança. Era tempo de allivia-la. O trabalho aqueceu-o um pouco, mas extrema era a fadiga. Gilliatt confessava que não iria ao fim, e não chegaria a estancar o porão. Gilliatt comera muito pouco, e tinha a humilhação de sentir-se extenuado.
Media o progresso dos trabalhos pela baixa do nivel da agua nos seus joelhos. A descida era lenta.
Além disso a entrada da agua estava apenas interrompida. O mal estava palliado, mas não reparado. O panno, empurrado na fractura pela vaga, começava a fazer um tumor pelo lado de dentro. Parecia que havia uma mão fechada debaixo do panno, procurando romper o buraco. A lona, solida e alcatroada, resistia; mas o inchamento e a tensão iam augmentando; não era certo que o panno não cedesse, e de um momento para outro o tumor poderia romper. Recomeçaria então a irrupção da agua.
Em tal caso, as equipagens em perigo o sabem, não ha outro recurso mais que um batoque. Apanham-se trapos de toda a especie, o que se acha á mão, tudo quanto a lingua especial chama forro, e mete-se o mais que se póde na fenda do tumor da lona.
Desse forro Gilliatt não tinha nenhum. Todos os pannos e estopas armazenados foram empregados no trabalho ou dispersos pelo vento.
Podia achar alguns restos no rochedo, quando muito. A pança já estava bastante alliviada, e elle podia ausentar-se um quarto de hora; mas como procurar sem luz? Completa era a escuridão. Já não