que se affeiçoa ao vento, por si mesmo, apezar das velas de prôa e do leme, vaisseau ardent (navio que se aguça): entrar em movimento era prendre aire (tomar o vento); pôr-se á capa era capeyer (capear); apanhar o vento por cima, era faire chapelle (tocar em vento); aguentar bem sobre a amarra, era faire teste; estar em confusão a bordo, era être en pantenne; ter o vento nas vellas era porter-plain, (levar em cheio).
Hoje nada disto se diz. Diz-se hoje: louvoyer (bolinar), dizia-se: leauvoyer, diz-se: naviger (navegar), dizia-se nager, diz-se: virer vent devant (virar por d’avante), dizia-se: vidonner vent devant, diz-se: aller de l’avant (seguir avante), dizia-se: tailler de l’avant, diz-se: tirer d’accord (allar á uma), dizia-se: haller d’accord, diz-se: déraper, (arrancar o ferro), dizia-se: déplanter, diz-se: embraquer (tezar), dizia-se: abraquer, diz-se: taquets (cunhos), dizia-se: billons, diz-se: burins (passadores), dizia-se; tappes, diz-se: balancines (amantilhos), dizia-se: valancines, diz-se: tribord (estibordo), dizia-se: stribordo, diz-se: les hommes de quart à bâbord (homens de quarto a bombordo), dizia-se: les basbourdis.
Tourville escrevia a Hoequincourt: Nous avons singlé (singrámos). Em vez de la rafale (a lufada), le raffal; em vez de bossoir (tureos), boussoir: em vez de drosse (bossa) drousse; em vez de loffer (arribar), faire une olofée; em vez de elonger (alongar) alonger; em vez de forte brise (vento fresco), survent; em vez de sout (paiol) fosse; em vez de jouail (cepo d’ancora) jas; tal era, no começo deste seculo, a lingua de bordo nas ilhas da Mancha. Ouvindo fallar um marinheiro de Jersey, Ango ficaria