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Eledia. Que eſcuto? já naõ parte? Que imprudencia! [1]

Lucto. Probo, vamos; o Barbaro affirmou-te
Que inda Oſmîa ao Pretor fallar pertende
Que lhe falle, que importa? Nem por iſſo
Deixará de partir. Mas huma ſombra,
Hum vulto s' avizinha? Sim, he ella.
Deixemo-las, amigo, em liberdade. [2]

SCENA III.
ELEDIA, OSMÍA.
 

Eledia. Poſſo, Oſmîa, eſperar ver mitigada
A dôr que te devora?

Oſmîa. Mitigada!
A dôr a furia! oh Deoſes! mais naõ poſſo.
Parte Eledia, e vai longe de meus olhos
Oſtentar os teus rigidos coſtumes.

Eledia. Oſmîa, eu naõ te argûo: ſó pertendo
Conter o teu furor. He juſta, he digna
De ti huma tal pena; e do Conſorte.

Oſmîa. Ah! jámais eſſe nome me profiras.
Porque o chaõ ſenaõ abre? porque Averno
Na denegrida fauce me naõ traga?

Eledia. Perdoa ſe te afflijo; mas reflecte
Que a virtude requer-te moderada.

Oſmîa. Qual barbara virtude? Qual fantaſma?
Qual ſonhada chimera? Eledia parte,
A virtude entre nós já naõ reſide.

Eledia. Eu tremo de eſcutar-te, Oſmîa, eu tremo.
Quando t'ouvi jámais impia, blasfema?
Socega-te huma vez.

Oſmia.

  1. Fica abſorta, e naõ torna em ſi, ſenaõ quando parte Probo, e entaõ vê Oſmîa.
  2. Partem para o campo.