Olhando para o oriente, vê-se a serra de Santo-Antonio dominando «a rainha do norte», que descança, poeticamente, ao sopé das rampas verdurosas da Grupiára.
Ahi vae se desenrolar o mais tragico dos quadros, para cuja descripção a penna rustica do sertanejo vae lhe tremer na mão.
Paulo, vertiginoso na corrida como o genio das trevas amedrontado com o fragor das ondas dum oceano de maldicção, que lhe marchasse ao encalço grimpa pelos rochedos até o cimo lugubre da serra, onde depõe a inditosa Chica.
O ebrio vinga os supplicios da existencia miseravel que arrastou, extinguindo a criminosa peccadora, aos poucos, em cannibalesco sacrifício...
Sorve, entontecido de odio e prazer, a desforta abominavel, no corpo martyrisado da adultera.
Aquella scena delirante e furiosa prolonga-se... e termina quando o louco se despeja pela garganta larga do abysmo, arrastando a Chica, e rolando pelas profundezas os dous cadaveres!...
Eis porque no alto desolado da serra, lá em Diamantina, existe plantada entre pedras uma cruz