que depunha a vida na sacóla do mendigo, o consulo no coração do afflicto, o balsamo na chaga do enfermo baldo de meios para fazer face ao mal?!
Lili era mais que o Anjo da Bondade, era a providencia d'aquelles campos.
Por isso a choravam com a dôr simples e eloquente de rusticos !
Foi por uma tarde de Agosto.
A despontar na cortina intermina e azulada do horizonte, apparecia, de manso, o plenilunio, envolto num véu de alvacentos desmaios e pela terra lançando seus pallidos refulgores.
Ouvia-se o repigue estridente e ininterrupto do campanario...
O cortejo funebre do sahimento de Lili se extendia comprido, em duas alas, pela rua direita e aceiada da aldeia.
O feretro em que ia o corpo da santinha, rescendia os perfumes de virgem, engrinaldada de jasmins e flores de laranjeira.
A extensa fila de aldeãos ja chegára ao afastado cemiterio de muros altos e caiados, e ainda se ouvia distante a voz aguda e dolente das donzellas, que carregavam o caixão, entoando os singellos