A’ sombra da palmeira, — não faltára
Piedoso orvalho de saudosos olhos
Que te regasse a campa;
Lá muita vez, em noites d’alva lua,
Canção chorosa, que ao tanger monotono
De rude lyra teus irmãos entoão,
Teus manes acordara:
Mas aqui — tu ahi jazes como a folha
Que cahio na poeira do caminho,
Calcada sob os pés indifferentes
Do viajor que passa.
Porém que importa — se repouso achaste,
Que em vão buscavas n’este valle escuro,
Fertil de pranto e dôres;
Que importa — se não ha sobre esta terra
Para o infeliz asylo socegado?
A terra é só do rico e poderoso,
E d’esses idolos que a fortuna incensa,
E que, ebrios de orgulho,
Passão, sem ver que co’as velozes rodas
Seu carro d’ouro esmaga um mendigante
No lodo do caminho!....
Mas o céo é d’aquelle que na vida
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