HYMNO Á AURORA

E já no campo azul do firmamento
A noite extingue os cirios palejantes,
E em silencio arrastando a fimbria escura
    Do tenebroso manto
Transpõe do occaso os montes derradeiros.
A terra, de entre as sombras resurgindo
Do molle somno languida desperta,
E qual noiva gentil, que o esposo aguarda,
    De galas se adereça.

Rosea filha do sol, eu te saudo!
Formosa virgem de cabellos d’ouro,