— 37 —

     De uma corda a prece humilde
     Como um perfume se exhala
     Entoando o sacro hosanna,
     Que do Eterno ao throno se ala;

     Outra como que prantêa
     Com voz funebre e dorida
     O fatal poder da morte
     E as amarguras da vida;

     N’esta brando amor suspira,
     E lamenta-se a saudade;
     Nest’outra ruidosa e ferrea
     Trôa a voz da tempestade.

     Carpe as mágoas do infortunio
     De uma a voz triste e chorosa,
     E só geme sob o manto
     Da noite silenciosa.

     Outra o hymno dos prazeres
     Entôa lêda e sonora,
     E com canticos festivos
     Sauda nos céos a aurora.