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Os propheticos cantos do piága; 1
Nem mais o valle vê esses caudilhos,
Seus cocares na fronte balançando,
Por entre o fumo espesso das fogueiras,
Com sombrio lentor tecer, cantando,
Essas solemnes e sinistras dansas,
Que o festim da vingança precedião......

Por esses ermos não vereis pyramides
Nem marmores, nem bronzes, que assignalem
Nas éras do porvir feitos de gloria;
Da natureza os filhos não sabião
Aos céos erguer soberbos monumentos,
E nem perpetuar do bardo os cantos,
Que celebrão façanhas do guerreiro,
— Esses fanaes, que acende a mão do genio,
E vão no mar infindo das idades
Allumiando as trevas do passado.

Seus insepultos ossos alvejando
Aqui e além nos solitarios campos,
Rotos tacapes, 2 ressequidos craneos,