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Que cinge o manto azul do firmamento,
Como um laço que prende aos céos a terra,
E’ de tua clemencia annuncio meigo?
E’ tua immensa gloria que resplende
No disco flammejante, que derrama
Luz e calor por toda a natureza?
Dize, ó Senhor, porque a mão occultas,
Que a flux esparge tantas maravilhas?
Dize, ó Senhor, que para mim são mudas
As paginas do livro do universo!....
Mas, ai! que o invoco em vão! elle se esconde
Nos abysmos de sua eternidade.

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Um écho só da profundez do vacuo
Pavoroso retumba, e diz — duvída!....

Virá a morte com as mãos geladas
Quebrar um dia esse terrivel sello,
Que a meus olhos esconde tanto arcano?

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O’ campa! — atra barreira inexoravel
Entre a vida e a morte levantada!
O’ campa, que mysterios insondaveis