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sonetos
V
No canto de um venal salão de dança,
Ao som de uma rebeca desgrudada,
Olhos em alvo, a porra arrebitada,
Bocage, o folgazão, rostia o França:
Este, com mogigangas de creança,
Com a mão pelos evos encrespada.
Brandia sobre a roxa fronte alçada
Do assanhado porraz, que quer lembrança:
Veterana se faz a mão bisonha;
Tanto a tempo menêa, e súa o bicho.
Que em Bocage o tezão vence a vergonha:
Quiz vir-se por luxuria, ou por capricho;
Mas em vez de acudir-lhe alva langonha
Rebenta-lhe do cu merdoso esguicho.