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notas
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Apezar da regra adoptada, alguns sonetos vão ainda incorporados n′este volume, que supposto não desdigam do estylo do auctor, e tenham sempre corrido em seu nome, nem por isso nos julgamos auctorisados a dal-os por genuinos. Pelo que os marcámos respectivamente com a letra (D) querendo com ella significar que os temos por duvidosos, não affiançando por modo algum a sua authenticidade.


PAG. 106 — SONETO I


Já a pag. 173 tocámos alguma cousa com respeito a este soneto, escripto na occasião em que o exercito francez commandado por Bonaparte invadira os estados ecclesiasticos (1797), chegando quasi ás portas de Roma, e ameaçando o solo pontificio.

O verso 9.º:

D′ellas em vão rogando um pio arrojo,

envolve uma especie de equivoco, ou como hoje se diria um calembourg; porque Pio VI era o papa, que então presidia na universal egreja de Deus.

O penúltimo verso lê-se em algumas copias do modo seguinte:

Zumba, catumba; ficam-lhe em despojo, etc.
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