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CARTAS DE OLINDA A ALZIRA




EPISTOLA I


OLINDA A ALZIRA

Que extranha agitação não sinto n′alma
Depois que te perdi, querida Alzira!
De meus olhos fugiu, sumiu-se o fogo,
Que a tua companhia incendiava!
Por uma vez se foi a minha alegria,
Nem a mesma já sou, que outr′ora hei sido!
Minhas vistas ao ceu languidas se erguem,
E a mim propria pergunto d′onde venha
Tão novo sentimento assoberbar-me?
Não se aquieta o coração no peito,
Não cabe n′elle, e viva chamma no intimo
Das entranhas ardente me devora,
Sem que eu possa atinar a causa, a origem.
Aquelles passatempos, que na infancia
Tão do peito queria, em odio os tenho.