No limiar da morte
Assim tudo fenece:
Inimizades calam,
E até o amor esquece!

Meus dias rodeiados
Foram de amor outr’ora;
E nem um vão suspiro
Terei, morrendo, agora,

Nem o apertar da dextra
Ao desprender da vida,
Nem lagryma fraterna
Sobre a feral jazida!

Meu derradeiro alento
Não colherão os meus.
Por minha alma atterrada
Quem pedirá a Deus?

Ninguem! Aos pés o servo
Meus restos calcará,
E o riso ímpio, odiento,
Mofando soltará.